quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sociedade dos vícios - Fugindo dos vícios

Bem, detalhei algumas coisas que chamo de vícios e vi que a maioria da galera reconheceu. Mas e aí? Como fugir deles? Essa busca por fugir desses vícios tem sido uma constante em minha vida. Cheguei a certas teorias interessantes explicar aqui.
Nós seres humanos tendemos para a paz e o equilíbrio. Podemos ver a veracidade dessa teoria quando tiramos férias longas. Em férias longas você vai descansando, relaxando, até entrar num estado de paz e felicidade. O que acontece é que a sociedade acaba agindo de forma inversa, nos afastando desse estado. Vivemos preocupados com várias coisas e sempre achando que seremos felizes quando conseguirmos algo. E quando conseguimos esse objetivo, já estamos preocupados com outro. Nesse ponto estamos sempre carentes desse estado de paz, já que a nossa tendência é essa. O estado de paz é caracterizado pela ausência de preocupações, portanto, como não conseguimos acabar com as preocupações buscamos o que nos leva a um estado de euforia. Como já disse em um texto anterior o estado de euforia não é felicidade, é uma felicidade ilusória e momentânea. O que principalmente caracteriza o estado eufórico é a alienação, uma forma que encontramos para nos livrar das preocupações pelo menos por um curto espaço de tempo, o que não deixa de ser extremamente prazeroso. O perigo do estado eufórico é que ele mascara e contribui para o aumento do verdadeiro problema - as preocupações. Exemplo prático: Sou um profissional autônomo, minha renda depende de fechar trabalho. Se eu me preocupo que não estou tendo trabalho fico deprimido, esse estado me incomoda porque nós seres humanos precisamos de um estado de paz, então o que faço? Faço qualquer coisa que me dê muito prazer, porque se eu tiver muito prazer eu vou entrar em um estado eufórico, com a alienação deste estado eu fico em paz, esqueço essa preocupação. Porém, a maioria das coisas que dão muito prazer são caras ou fazem mal a saúde. Por exemplo, comer muito coisas gordurosas, fazer compras ou fazer sexo com quem não tem nada a ver. Na hora é bom mas depois pode dar uma dor de cabeça danada. Então se a minha preocupação era falta de dinheiro, por um curto período de "paz" eu aumento a minha falta de dinheiro e pioro o meu problema. Assim eu gero o vício, "eu como por que eu sou triste e não tenho dinheiro e eu não tenho dinheiro porque eu gasto muito dinheiro com bobeira" e assim vai. Para fugir do vício é necessário atacar a causa. A consciência de que alguma coisa te faz mal é importante para querer evitá-la, mas se você chegou a ter o desejo por essa coisa é muito difícil conseguir resistir. Quando você ataca a causa, isto é, a preocupação, o desejo não existe porque você vai estar em paz. Portanto, se eu me livro das minhas preocupações não tem porque eu querer comer muito. Eu sei que me faz mal e fica muito mais fácil resistir. O que é difícil resistir não é ao desejo de comer, fazer compras ou fazer sexo, difícil é resistir ao desejo de paz.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vício de Comer - Mas como é gostoso!!!!

Hoje senti no estômago o vício de comer. Fui a um aniversário que tinha salgadinhos fritos na hora, uma perdição! Deliciosos! Bem, como é natural, comi muitos. Só que já tem mais de uma semana que voltei a controlar minha alimentação e tenho comido só coisas mais leves. Tenho procurado não comer muito de uma só vez e com isso tenho me sentido muito bem. Quando você come coisas mais leves e menos de cada vez você nunca fica cheio, seu organismo tem facilidade em metabolizar o alimento e isso gera um estado de leveza. Com isso, temos mais disposição para as outras tarefas da vida. Sempre achei comer muito bom, uma das minhas frases favoritas era: "Queria ter dois estômagos para continuar comendo". O ato de comer coisas muito gostosas gera grande prazer. A tentativa de manter esse prazer por mais tempo acaba fazendo com que comamos demais e, na maioria das vezes, coisas nada saudáveis. O problema é que depois quem paga o pato é o organismo, nos sentimos cansados e sem disposição. Como nossa vida não para e não podemos viver só de dormir e descansar, as coisas vão se complicando. Perco rendimento no trabalho e minhas tarefas atrasam, o atraso me traz tensão porque a entrega dos trabalhos se aproxima, a tensão gera mais cansaço e menos vontade de trabalhar, então pra tentar equilibrar esse cansaço o que eu faço? Procuro prazer! Novamente busco aquela frase célebre: "Eu mereço". Muitas vezes como de novo e dessa vez algo ainda mais gostoso e também mais nocivo para a minha saúde. Com necessidade de manter esse prazer por mais tempo como mais e meu organismo que já está cansado recebe mais bomba pra metabolizar. Assim vamos cansando e nos desgastando, a vida vai atrasando, o dinheiro indo embora nas bobagens. Por isso o importante é o equilíbrio, Temos que conhecer bem nossos limites e equilibrar a energia que dispomos para viver a vida. Se você come direito tem + energia e - trabalho de metabolismo, o que gera + energia para a vida. Se você come mal o resultado é - energia + trabalho, consequentemente - energia para a vida. Assim é preciso que a energia que falta seja tirada de outra ação da sua vida como o trabalho, por exemplo. Se você pensar nessa equação garanto que vai comer melhor. Comer demais não resolve seus problemas de stress só os piora.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A sociedade dos vícios

Já notaram que a nossa sociedade é a sociedade dos vícios? Não estou falando só do álcool, da cocaína e do crack, estes são fáceis de identificar. Estou falando dos vícios que achamos normais. Comer, fazer sexo e outras coisas que transformamos em vício sem ver. O que são vícios? Achei uma definição interessante no dicionário: " Defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios, inoperantes ou inaptos para o fim a que se destinam, ou para o efeito que devem produzir." Quando pervertemos alguma coisa e, com isso, mudamos seu efeito sobre nós criamos um vício. Por exemplo: comer é algo necessário em nossa vida. Comemos com o objetivo de alimentar nosso corpo, máquina que permite a nosso espírito interagir com este mundo. Se começamos a comer mal estamos diminuindo a durabilidade do nosso corpo e diminuindo nosso tempo aqui. A gordura é uma delícia, mas é extremamente nociva ao nosso corpo. Com o objetivo de aumentar o nosso prazer em comer exageramos na gordura, assim pervertemos o ato de comer e o transformamos em algo que nos é nocivo. Ele deixa de ser usado para o que se destina, a nutrição, para servir ao prazer. 
E porque fazemos essa transformação? 
Porque muitas vezes isso é uma das poucas coisas que nos traz esse prazer. 
Fazemos assim com várias outras coisas como sexo ou exercício físico em exagero. O engraçado é que durante a semana nos esgotamos fazendo coisas que não gostamos, encontrando gente que não gostamos, vivendo de forma desagradável. No final de semana a necessidade de extravasar é enorme e nós ainda temos bem menos tempo, só dois dias, aí dizemos a frase tradicional: "Eu mereço". Bebemos demais, comemos demais, tudo demais. E assim segue esse ciclo literalmente vicioso. A sociedade, na tentativa de equilibrar os problemas criados por ela mesma, criou uma série de armadilhas. Pra que alguém inventou que era legal comer gordura se faz mal? Se não a conhecêssemos não teríamos vontade de comê-la. Pra que se embebedar até sair de si? Porque precisamos sair de nós mesmos? Porque não aguentamos a vida que vivemos. A vida foi feita para ser vivida e não sofrida. Se nos estressarmos menos podemos comer menos e de forma mais saudável, podemos beber menos, tudo menos. Com tudo menos nosso bem estar será mais. Menos é mais. 

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Felicidade VS Euforia

O que é felicidade? Será que felicidade é quando estamos eufóricos numa festa? Será que felicidade é quando temos uma notícia muito boa? Será que o orgasmo é felicidade? Será que só temos pequenos momentos de felicidade nessa vida? Eu prefiro ver a felicidade como uma coisa mais sutil, a euforia exagerada é tão ruim quanto a depressão. A euforia é um estado muito passageiro. A felicidade tem que ser a realidade do dia a dia. A felicidade vem do equilíbrio, devemos ser felizes nas pequenas coisas, devemos ser felizes de acordar, de estar vivo e de receber da vida o que ela pode nos dar. A felicidade não é euforia, felicidade é a paz. Na maioria das vezes as pessoas ficam variando entre a tristeza e a euforia, quase nunca tem paz. Será que esse é o caminho?